sábado, 23 de abril de 2011

Pena de quem?

                        Chegando a Páscoa! O que vem à cabeça? Chocolate? Também. Mas é morte o que queria usar hoje nessa postagem. Não, eu não vou dar uma de chato e contar estorinhas de pessoas ressuscitando e que esse é o sentido da Páscoa. Na verdade a postagem não tem relação com Páscoa (Bom, não sei por que comecei assim então...). Eu vou ser um chato que fala de outras coisas.
                          Neste mês de Abril aconteceu o tiroteio em Realengo. Todos devem estar de saco cheio de ler sobre isso, mas só usarei p'ra ilustrar (mais uma vez). As 11-13 mortes (um jornal diz 11, outro 12, outro 13; então seja lá quantas forem...) que ocorreram naquela escola geraram um estrondoso sentimento de comoção por todo o país. Mas principalmente essas mortes...
                         Quantas pessoas morrem todos os dias por aí e ninguém dá a mínima? Sim, um lunático que mata várias pessoas em uma escola é um fato muito chocante, contudo quantas outras perecem de formas tão horríveis quanto mas não tem o mesmo sentimento de pesar envolvendo-as? Culpemos a mídia.
Comova-se ante o olhar do porquinho!
                         Mas aqueles que são realmente esquecidos são os outros animais (humanos são animais, ok?!). Por que poucos lamentam as mortes dos bichinhos que vão parar em abatedouros? Bem, não nos importamos com eles na verdade (de maneira geral - não estou falando de você). Eles são nossos hambúrgueres, nossos churrascos do final de semana, etc. Alguém já viu como eles morrem? Não - pelo menos não pessoalmente. Poucos veem. Ninguém sai te convidando para visitar esse tipo de local, certo?! "O que os olhos não veem, o coração não sente". É melhor não ficarmos sabendo mesmo: pelos menos não seremos atacados pela culpa. Mas, pelo menos, dê valor a esse sacrifício.
                         Até mesmo as plantas são mutiladas e não caímos em luto. Se elas sentem ou não algum tipo de sofrimento, não sei dizer - mas a morte é o final de um ciclo, é quando algo "acaba". Não há um motivo suficiente?! (Ok, não vá sair chorando pela sua plantinha que morreu!). Só sentimos esse pesar por aquilo que importa para nós. Que tal pararmos de limitá-lo somente para o círculo de pessoas próximas?!
                    Odeio finais, mas inevitavelmente eles acontecem (Sim, tudo tem fim, até mesmo Pokêmon terá!). Lamente-os, mas não deixe que consuma muito do teu tempo, pois o teu ainda não acabou. A morte leva todos, ninguém deve ter privilégios de luto.

sábado, 16 de abril de 2011

A chance do vira-lata


"Vende-se lindos filhotes de gatos persas e himalaias, vlr R$ 350,00"
"Lindo filhote de Shitzu M, 65 dias, 2 doses vac. importada/ choco, R$550..."

             Estava eu folheando a Zero Hora até que cai em minhas mãos o ZH Classificados Produtos e Serviços. Deparei-me com muitos anúncios parecidos com os que transcrevi acima. E parei para contar: dos 107 classificados de animais domésticos, apenas dois (2) tencionavam doar seus bichinhos. Preços "módicos" - vi até cães com valor na casa dos milhares - e animais de raça predominavam. Quantos vira-latas? Nenhum.
            Estão fazendo um mercado onde os bichos são meras fontes financeiras! Multiplicando-os, fazendo 'cópias' dos pais para obter lucro! Os pais dos filhotinhos servindo como fábricas auto-reguladas, trabalhando e fornecendo o produto para que o chefe obtenha o dinheiro!
           Contudo, se você for na rua, haverá grandes chances de você encontrar um cão ou um gato abandonado (ou seja lá que outro bicho). Animais jogados pelo destino à sorte, lutando pela sobrevivência e acometidos por diversos problemas: enfermidades, fome, sede, ferimentos...
          Quando você estiver com tanto desejo de conseguir um companheiro animal, seja lá por qual motivo, pense nesses pobres bichinhos que estão na rua precisando de afeto. Não compre animais que tem raça: esses tem mais chances de ter estabilidade na vida, muito provavelmente terão um dono. Doe-se para aqueles que precisam e eles retribuirão o seu voto de confiança com gratidão.

sábado, 2 de abril de 2011

Esculpindo meu amor

Eros e Psiquê
         Existia na mitologia grega, uma história que contava que naquela época, alguns homens construíam estatuas de mulheres e ofereciam para Deusa Afrodite. Afrodite, deusa do amor e mãe do cupido, recebia a oferenda e, em troca, transformava a estatua em uma mulher que iria amar seu criador pelo resto da vida.
             Sem dúvida, uma bela história. Sinto pena daqueles que não são tão bons escultores - espero que eles caprichem muito no interior. Um pouquinho de cultura para os meus leitores...

Um pouquinho de felicidade


Buscava eu a infinitude da felicidade
E ela, persistente, fugia de mim
Procurara em tudo, mas em nada eu a achava.

Desistindo apelei à minha mente a cumplicidade:
"Como poderei eu viver assim
Se a alegria de mim escapa?!"

Uma vozinha pura então rebate:
"Sua busca não terá fim
Se eternamente de mim viver aguarda".

Vendo estampada no meu rosto a curiosidade
Tentara amenizar o que dissera de ruim:
"Termine agora a sua busca
Pois não tenho a quem responder.

Estou em todo aquele que de mim precisa
E também estou viva em você.

Apenas tenha alguém que compartilha
O desejo de bons momentos ter.

Para sempre estarei ínfima
E você me terá sem perceber".