sexta-feira, 25 de março de 2011

A menina que brincava com fogo


                 Tornando oficial uma review de um livro por mês, eu trago uma das minhas leituras de março: A menina que brincava com fogo. Escrito pelo falecido sueco Karl Stig-Erland Larsson (ou simplesmente Stieg Larsson) , o segundo volume da trilogia Millenium inicia dois anos após o ocorrido em Os homens que não amavam as mulheres - Não se preocupe, a história desse livro não afeta muito o desenrolar do que eu vou comentar agora . 
                  O enredo gira em torno da protagonista anti-herói  Lisbeth Salander, a personagem mais peculiar e interessante que já deparei! Um metro e cinquenta centímetros, magrela, antissocial, hacker, cheia de piercings e tatuagens pelo corpo, histórico de extrema violência no colégio e de ter sido recolhida n'uma instituição para pessoas mentalmente instáveis: este é o retrato da heroína dessa história. 
                  Após a morte de três pessoas, Lisbeth é acusada de ser a autora dos crimes e se vê obrigada a esconder-se da polícia. A mídia faz pouco caso dela, divulgando seu aparente envolvimento com um grupo de lésbicas satânicas sado-masoquistas- as Evil Fingers. Pouquíssimas pessoas ficam do lado da hacker: Mikael Blomkvist, o famoso jornalista que trabalhou ao seu lado, tenta provar a inocência da moça. Só que a história envolve o conturbado passado dela. 
                 De leitura agradável e acessível, A menina que brincava com fogo consegue prender a atenção dos leitores com facilidade, benefício da descrição dinâmica das cenas e da fascinante história.
                 Agora os deixo com a sinopse:
            Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados - um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis, e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados.
                     Há duas versões para esse livro: a econômica e a normal. Quem não tiver tanta grana pelo menos tem uma opção mais barata.

Versão econômica

Versão comum

           Dica: comprando em sites como Submarino ou Walmart são boas pedidas - é só aguardar promoções de livros (que tem quase toda hora) e de frete grátis se quiseres economizar mais ainda. Eu, por exemplo, consegui a edição normal por aceitáveis R$23,00 sendo o preço normal R$39,90, sem contar o frete grátis.
                 



                 
                   Simplesmente instigante! Gostaram? Leiam!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Comprovante de ignorância


SADKHSAFKSAJDK AMOVCPRASEMPRE SUA PUTA ARREGAÇADA COMIDA PELO CACHORRO (LLLLLLLLLLLLLLLLL)³¹³²³¹²³²¹ PRACARALEOW
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Outro dialeto, problema mental ou analfabetismo mesmo?
                                                                         Descrição da comunidade Não escrevo como retardado

                       O que acontece na internet é algo misterioso. Pessoas utilizam um método de escrita incomum - p'ra não dizer ridículo - enquanto navegam pela rede: o conhecido internetês. Indivíduos que passaram uma boa quantidade de tempo aprendendo a escrever e a aprimorar seus conhecimentos da língua p'ra quê?! P'ra escrever:
                     - Vou i corre amanham nu parkaum.
                     - Ti AmU mIgUxA, vOcÊ é BéSt!
                     - Num vo, mais axu que eles passão aí. V6 c enkontrão pur lá entom

                       Dammit! É IR CORRER AMANHÃ!!! O que pensar então do "nu"?! Uns espertinhos se acham o máximo porque conseguem inventar formas de diminuir o texto ao máximo, mas decifrar é uma missão que requer no mínimo duas leituras p'ra realmente compreender a mensagem. O que era p'ra ser mais rápido torna-se ainda mais lento.
                       Chega a me enojar a segunda frase! Além de destruir totalmente o português, detona ainda o inglês! Maior poluição visual não existe. Será que é alguma forma de hipnose ficar subindo e descendo os olhos de letra em letra?! E o colorido - a não ser que você seja uma criança ou um fã merda de Restart, evite. E para aquele que escreveu/escreve essa frase eu digo: você é besta!!!
Erro (não tão) comum.
                       Eu como estudante de linguística não devia ter preconceito com essa linguagem: a linguística é regida pela ideia de que qualquer forma de expressão que é empregada por mais de um falante e que é compreensível para os mesmos deve ser encarada como linguagem, e, por tanto não deve ser rejeitada. Mas sejamos razoáveis: muitos estudaram (ou "estudaram") anos à fio - perdoados aqueles que não frequentaram a escola. Se esquecer que letra se usa em uma palavra estranha é normal - já essas bizarrices são forçadas!  Após um bom tempo sem uso, podemos dizer que não sabemos escrever mesmo, é o que acontece quando não exercitamos nossas habilidades. Porém os inventores desse dialeto são jovens! É a tua língua, fala direito, pô! Isso só atesta a ignorância! (Leia-se ignorância aquele que ignora - no caso, as regras de gramática).

Hino de morte


Quando nossa amiga vida se vai
Ela não o deixa nessa terra sozinho:
Um hino de morte entoa
A triste e grave canção dos sinos.

Nossa alma vazia se cai;
A dor profunda dos entes queridos
Motiva a  terrível devoradora calada
A vir buscar esses pobres que estão perdidos.

O sofrimento físico se esvai.
A profunda saudade nos quebra,
Previne que nós sigamos pela jornada:
A alma em cacos se espera.

A Morte pacientemente chama
E o hino de morte novamente entoa.
"Meu filho, em face da dor você se desespera;
comigo ao teu lado, um ato se perdoa".

Fez aquilo por apreço por aquela que ele ama,
Esqueceu do senso que tanto sublimava:
"Não farei mal aos outros" ele clama.
Rendeu-se ao desejos daquela para quem suspirava.

Sua voz carregada de sofrimento se inflama
"Traí a mim mesmo e a todos que prezava".
De súbito sentiu o quanto dela estranha:
Doou-se de todo à ela e ela dele utilizara!

A Morte fez um sinal
"Relaxa amigo, não guardes rancores não" -
Mal sabia ele que aquela que ele via o mal

Pousava fria no próprio caixão.

Quando nossa amiga vida se vai
Ela não o deixa nessa terra sozinho:
Um hino de morte entoa
E a Morte o atenderá com todo o carinho.

sábado, 19 de março de 2011

Destilando a maldade das palavras

                     Vocês já se deram conta dos palavrões que empregamos para ofender as pessoas? Cadela, porco, vaca, galinha, cavalo, porra, caralho, merda...

                Usar nomes de animais como se fossem palavras ofensivas não acho que sejam ofensas - acho que é até ofensa para os animais. Tu é porco porque tu é sujo? Nem todos os porcos são sujos - vejam Baby, o porquinho atrapalhado! Descrever uma pessoa por animais considero baixeza, sinal de que a pessoa não tem criatividade suficiente para ferir o ego da outra. Chame-a de suja então. Não faça rodeios!

                  Outro tipo de ofensa é usar palavras que denotam partes do corpo ou de coisas que saem do corpo. Nossa, que mentalidade! Chamar uma pessoa de esperma ou de cocô é tão ofensivo assim?!(Obviamente não é um elogio)

                 Vou pressupor que as culturas do passado é que as tornaram "palavras feias". Antigamente sexo era tabu, animais eram vistos com inferioridade e se um milimetro do teu corpo estivesse descoberto, então!? Nós estamos no século 21, temos que abrir mão dessa visão pré-histórica!

                 Palavrões são até saudáveis: são nesses momentos que desabamos todas nossos desejos verdadeiros e somos sinceros, falando com vontade o que pensamos.

                 Acho que virou automático ouvir certas palavras e criar aquele alarde mental, mas nunca pensamos se realmente fomos ofendidos. Quem faz o palavrão funcionar é a pessoa que a escuta, não quem a profere.